Em Sessão Pública, Loja “Resistência” festeja 5º aniversário
26 de novembro de 2024
No dia 12/11, a Loja “Resistência” celebrou a passagem de seu 5º ano de fundação com um Sessão Magna Pública no Templo Álvaro Palmeira, do rito Brasileiro, no centro Templário do GORGS, em Porto Alegre.
A cerimônia foi dirigida pelo Venerável-Mestre Norberto Pardelhas de Barcellos. Junto a ele na condução dos trabalhos estava o Venerável-Mestre de Honra (e 1º V.M. da Oficina!) Odacir Jaime Piber da Silva.
A sessão foi prestigiada pelo autoridades maçônicas:
- Grão-Mestre do GORGS Celito Cristofoli
- Presidente da PALM Geraldo Pereira Jotz
- Ministro da Administração Daniel Furtado
- Ministro da Educação, Cultura e Comunicação Social Juan Carlos Parodi Mintegui
- Ministro Adjunto das Relações Exteriores César Berzagui
- Diretor de Liturgia e Ritualística Marco Antônio Machado
- Diretor de Eventos e Cerimonial Irineu Filho
- Grande-Procurador Diogo Brittes da Luz
Estiveram presentes ainda Veneráveis-Mestres, deputados e representantes de Lojas da capital e do interior; mestres, companheiros e aprendizes; cunhadas e sobrinhos.
O orador da noite foi o Ir. Juan Carlos Mintegui, que fez breve relato da trajetória da Loja Resistência, enfatizando a meta inspiradora que sempre norteou o espírito dos seus fundadores: “Para que nunca se esqueça, para que nunca mais aconteça”. (LEIA A MANIFESTAÇÃO DO ORADOR NA ÍNTEGRA AO FINAL DO TEXTO).
Confira o relato do secretário Eljocir Pegoraro sobre a festividade e as homenagens da noite:
“Nesta oportunidade foram agraciados com o Título de INSIGNE os IIr. Nilson Tôrres Dorneles e Luiz Carlos Rubin. O Título de MUI INSIGNE aos IIr. Hermes Garcia Dos Santos, Dante Cezar Melo Rostirola, Jose Roberto Caetano Coelho, Eljocir Roberto Pegoraro, Odacir Jaime Piber Da Silva, Gilço Severino Silva, Juan Carlos Parodi Mintegui, José Freitas De Oliveira Filho e Eduardo Acauan Pizzato. O Diploma e a Medalha DELTA DE PIRATINI ao Ir. Edegar da Silva Quintana.
Também foram celebrados com uma Medalha comemorativa ao seu 5º ano de existência os IIr. fundadores da Loja bem como aos IIr. do movimento Resistência, merecidamente homenageados pela coragem e determinação frente a história que escreveram nas páginas da maçonaria gaúcha. O V.M. Norberto fez a primeira entrega da medalha ao S. G. M. Ir. Celito Cristofoli e ao Ir. Odacir Jaime Piber da Silva, na sequência o secretário fez a chamada dos agraciados sendo os IIr. Antônio Jorge Dreon de Albuquerque, Dante Cesar Melo Rostirola, Edegar da Silva Quintana, Eduardo Acaun Pizzato, Eljocir Roberto Pegoraro, Geraldo Pereira Jotz, Gilço Severino Silva, Gildásio Alves de Oliveira, Giuliano Correa de Barros Nunes, Hermes Garcia dos Santos, José Antônio Barreneche Leães, José Freitas de Oliveira Filho, Juan Carlos Parodi Mintegui, Júlio Cesar Lima, Luiz Carlos Rubin, Marco Antônio Machado, Nilson Torres Dornelles, Norberto Pardelhas de Barcellos, Odacir Jaime Piber da Silva, Pedro Goldemir Urdangarin e Daniel Furtado.
Finalizando a cerimônia, o V. M. ao agradecer a presença de todos, enalteceu a união, o sentimento de fraternidade e o cumprimento de ‘Verdadeiros Maçons no exercício do juramento que um dia fizemos diante do Livro da Lei’.
Após a solenidade, os convidados foram recepcionados para um coquetel no Salão de Ágapes do 7º andar.”
- CONFIRA A MANIFESTAÇÃO DO ORADOR IR. JUAN CARLOS MINTEGUI
“Soberano Grão-Mestre
Venerável Mestre da Loja Resistência
1º e 2º Vigilantes
Caros e Caríssimos Irmãos
A Glória do Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.)
Pois é, cinco anos se passaram desde o nascimento da nossa Loja Resistência, e penso que nascimento é o substantivo mais adequado. O mais relevante, no entanto, foram os movimentos que nos levaram à sua construção.
Talvez o mais importante tenha sido a confirmação de que nossos movimentos não foram em vão e permitiram avaliar a situação imperante naqueles momentos à luz da doutrina maçônica, com as nossas características de sermos intimoratos, sensíveis, sem qualquer sentimento de índole pessoal e com a vontade indeclinável de agir para estancar os maus feitos imperantes, as fraudes com os recursos dos irmãos e as ignomínias geradas pelos dirigentes que conduziam os destinos da nossa Ordem.
Lembro como se hoje fosse que fui na tribuna da Assembleia Legislativa para apelar ao Grão-Mestre pela sua renúncia para poupar a Ordem do opróbio e da desonra. Esse pedido não mereceu qualquer resposta.
Fizemos várias reuniões e não gostaria de dar nomes por medo de esquecer alguns. Todos foram fundadores da Loja Resistência, mas todos demonstraram destemor, seus conceitos maçônicos fortes, a sua intolerância à injustiça e à prepotência que levaram à expulsão de maçons fortes e aguerridos que desejavam que cessasse o estado de coisas imperantes, restabelecendo a justiça e saneando a nossa Entidade. Pois somos da opinião que a Maçonaria é daqueles que a fazem cada dia maior e bancam seus recursos financeiros e a constroem livre e dignamente diante das intempéries da vida profana.
Foram inúmeras provações. Talvez o fato de termos sido expulsos, termos perdido nossos mandatos na Assembleia Legislativa – imunes pela própria natureza – as perguntas de nossos filhos para saber os motivos das expulsões tenham sido alguns dos menores efeitos gerados. Os maçons não esmoreceram seus esforços para restabelecer o império da dignidade no Grande Oriente do Rio Grande do Sul.
As ofensas, o descalabro financeiro, a retirada delituosa de recursos provenientes das contribuições sociais com fins próprios foram menores que o desrespeito, a tentativa de desmoralizar sem consegui-lo duas personalidades daquele bloco inicial: os irmãos Couto, que viria a falecer em breve, e Homero Gasparetto, esse último no linear dos 90 anos de idade, que não se comoveram diante das ofensas assacadas contra eles, com a sanha desmesurada, pois todos sabíamos de sua dignidade e moral a toda prova.
Assumido o Grão-Mestrado numa eleição histórica com uma vitória acachapante, o irmão Celito Cristofoli começou a limpar o cenário com soda cáustica, examinar os detalhes das contas e seu saneamento, exonerações indispensáveis de falsos maçons, funcionários e contratados comprometidos com a farra dos recursos.
Quando foi pagar os salários do mês e os compromissos fiscais, comprovou-se não existirem recursos financeiros para sua quitação, sendo necessária uma operação de crédito. Essa era a situação de liquidez e carência do tesouro do GORGS.
Mas a realidade é mais sábia que as intenções de certos humanos. Uma administração honesta, correta, competente, pundonorosa, colocou as contas em dias, reformou várias lojas, instalou elevador, sonho histórico de gerações de maçons e mantém atualmente nos cofres mais de R$ 9 milhões.
Disse no início que não citaria nomes para não fazer injustiças se porventura esquecesse, mas gostaria de homenagear o irmão Couto, pós mortem, e o irmão Homero como símbolos concretos de maçons corretos, exemplos para as futuras gerações. Suas memórias ficarão indeléveis nos nossos corações.
Todos fomos testemunhas desta criação hoje realidade ao longo de cinco anos. Todos temos motivos de orgulho, do bom, para considerarmo-nos protagonistas desta obra.
Mais do que nunca reitero nosso slogan, ‘Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça.’
Porto Alegre, 12 de novembro de 2024, Juan Carlos Parodi Mintegui.”
Fotos: Irineu Filho
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